Cinco tintos para conhecer até chegar o verão

(Foto: Pexels)

Numa altura em que o calor está prestes a instalar-se e a fazer entrar definitivamente em campo os brancos e os rosés, ainda é tempo de encarar os tintos como a mais do que provável opção.

Neste bloco, cinco referências de outras tantas regiões. De Trás-os-Montes ao Alentejo, passando pelo Douro, pelo Dão e por Lisboa. Ou a inquestionável riqueza vitivinícola do nosso país. Boas provas.


Vila de Frades 2023

Alentejo
Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito
Aragonez, Trincadeira e Tinta Grossa
33,90 euros

José Miguel Almeida só pode estar feliz. A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, de que é presidente, acaba de entrar com o pé direito na produção de vinhos de talha. Vinificado na talha 1656, uma das mais antigas da região, e com enologia de Vasco Moura Fernandes e de Luís Morgado Leão, revela-se um tinto que honra a ancestralidade, mas que acaba por também se mostrar cosmopolita. O futuro também passa por aí.


Vinho dos Mortos 2021

Trás-os-Montes
Adega Vinho dos Mortos
Bastardo, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga-Franca e Touriga-Nacional
15,50 euros

No século XIX, durante as invasões francesas, o povo da atual região de Boticas escondeu os pertences de valor, incluindo o vinho, no chão das adegas. Mais tarde, quando recuperaram os bens, descobriram que o vinho tinha adquirido propriedades surpreendentes. Dois séculos depois, a tradição mantém-se. Um tinto com baixo teor alcoólico, leve, fresco, ligeiramente gaseificado, capaz de agradar aos mais diversos consumidores.


Arribas do Douro Grande Reserva 2018

 

Douro
Arribas do Douro
Touriga-Nacional, Touriga-Franca e Tinta Roriz
41,54 euros

Há quatro gerações que o produtor de Freixo de Espada à Cinta sabe bem ao que vem. Miguel Massa não foge à regra. Prefere apostar na qualidade, como prova este Grande Reserva 2018 – lançado apenas em anos de exceção –, um vinho feito com as melhores uvas, criteriosamente selecionadas. Os 18 meses em carvalho francês oferecem classe a um caráter bem freixenista do Douro Superior. E continuará a crescer em garrafa.


Alma Vitis Caladoc 2021

Lisboa
Adega São Mamede da Ventosa
Caladoc
6,50 euros

A Adega São Mamede da Ventosa continua a abraçar o futuro sem esquecer o passado. O mais recente exemplo é o lançamento de uma referência incluída na marca mais antiga do produtor de Torres Vedras, Alma Vitis. Produzido com a casta originária francesa Caladoc, e com enologia de António Ventura, Rafael Neuparth e João Rodrigues, trata-se de um tinto muito gastronómico e com uma bela relação qualidade-preço. A descobrir.


Casa de Santar Oito Parcelas 2012

Dão
Global Wines
Touriga-Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro, Alicante-Bouschet, Tinto-Cão
75 euros

O recente “Grande Ouro” recebido no concurso Vinhos de Portugal 2024, promovido pela ViniPortugal, não aconteceu naturalmente por acaso. É, de facto, um tinto de eleição que confirma a forma como a Global Wines trabalha. Ainda da era enológica de Osvaldo Amado, trata-se de um tinto produzido como se de uma peça de joalharia se tratasse. Complexo, saboroso, suave, muito bem elaborado. Um ilustre embaixador do Dão.


*NOTA – Os vinhos apresentados foram enviados pelos produtores e selecionados após provas realizadas, seguindo critérios editoriais. As amostras podem ser endereçadas para Notícias Magazine – Garrafeira – Rua Monte dos Burgos, 470-1º, 4250-311 Porto