Em que consiste o novo IRS Jovem

A proposta prevê que os jovens possam escolher entre o novo modelo e o que está atualmente em vigor

Medida aprovada em Conselho de Ministros estabelece um teto máximo de 15% até ao penúltimo escalão para quem tenha até 35 anos.

O que muda
A proposta aprovada em Conselho de Ministros consiste numa redução das taxas marginais de IRS em dois terços, face às tabelas atualmente em vigor. O imposto passa a variar entre os 4,4% e os 15%, o teto máximo previsto (até ao penúltimo escalão). A proposta aplica-se tanto a jovens que aufiram rendimentos de trabalho dependente como independente e, caso seja aprovada no Parlamento, entra em vigor em janeiro do próximo ano.

Salários altos mais beneficiados
Se a nova configuração do IRS Jovem for aprovada, os jovens com salários mais altos serão os mais beneficiados. Segundo simulações da consultora Ernest & Young, os ordenados de mil euros brutos só terão benefício a partir do quinto ano. Já no caso de um solteiro jovem sem filhos que receba dois mil euros brutos, o benefício face ao regime atual faz-se sentir logo a partir do segundo ano (136 euros líquidos anuais), sendo que no final do quinto ano já é de 2244 euros. O ganho é ainda mais significativo nos salários superiores a este valor.

“Não há nenhum jovem que vá ficar pior”
Margarida Balseiro Lopes
Ministra da Juventude e Modernização

Possibilidade de optar pelo melhor regime
A proposta prevê que os jovens possam escolher entre o novo modelo e o que está atualmente em vigor, consoante o que lhes seja mais favorável. A opção será anual, podendo depois ser renovada ou alterada.

1000
milhões é o custo previsto da medida.