O Euro 2024, a dissolução do Parlamento francês e os eurodeputados portugueses estreantes

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Começou na sexta-feira o Euro 2024, na Alemanha. E já sabem como reza o ditado: na Europa são 11 contra 11 e no final ganha a extrema-direita.

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O velho continente ainda se está a pôr de pé depois dos resultados das eleições de domingo passado. França, pelos vistos, achou que, depois de ter sido invadida pela Alemanha nazi em 1940, queria em 2024 ser uma empoderada que é nazi em nome próprio.

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Como consequência, Macron dissolveu o Parlamento francês e convocou eleições. Numa altura em que Paris se prepara para receber os Jogos Olímpicos, faz sentido todo este arremesso de peso político.

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Os eurodeputados portugueses eleitos, quase todos estreantes, já se puseram a caminho de Bruxelas. Espero que Sebastião Bugalho não tenha tido problemas em embarcar. Não, não é uma boca à idade, é mesmo porque um ego daqueles paga excesso de bagagem.

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Já Tânger Corrêa, depois de ter enterrado os resultados do Chega, vai ao menos poder ser livre em Bruxelas. Lá já não corre o risco de Ventura o deixar trancado na bagageira do carro enquanto vai ele fazer campanha.

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Quem na verdade ganhou a nossa noite eleitoral foi António Costa, que é agora oficialmente apoiado por Montenegro para a presidência do Conselho Europeu. É a melhor maneira de colocar a ex do nosso namorado fora de competição: mandando-a para Erasmus.

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Mas voltemos ao Euro 2024. Portugal estreia-se na terça contra a Chéquia. Sim, a República Checa mudou de identidade. Não digam aos conservadores, que vão achar que a culpa é dos LGBTQIA+.

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Roberto Martínez tem uma ótima equipa, mas nem sempre é fácil gerir a influência de Cristiano Ronaldo. E CR7 pode prometer-lhe uma farta cabeleira, cortesia da sua empresa de transplantes capilares. Se virmos o selecionador com uma guedelha igual ao Valderrama, já sabemos o que aconteceu.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 16 de junho – número 1673 – da “Notícias Magazine”]