O plano do Governo para resolver a falta de professores

(Miguel Pereira/Global Imagens)

Incentivos financeiros para prolongar a vida ativa dos docentes, mais horas extra e medidas para atrair bolseiros de doutoramento são algumas das 15 soluções que constam de um plano de emergência avaliado em 20 milhões de euros.


1000

É o número estimado de alunos que, ao longo deste ano letivo, estiveram sem aulas a (pelo menos) uma disciplina, durante um período prolongado.

750
É o valor, em euros mensais brutos, do suplemento remuneratório atribuído aos professores que atingirem a idade da reforma e quiserem continuar a dar aulas. No caso das escolas e disciplinas mais deficitárias, está ainda prevista a contratação de docentes recém-aposentados com uma remuneração extra, equivalente a mais um salário (em início de carreira).

Mais horas extra, mais simplificação
Está previsto também um aumento do limite de horas extraordinárias a atribuir a cada docente (passam a ser dez), o regresso de professores destacados em serviços e associações científicas e a simplificação de procedimentos no sentido de facilitar a integração no sistema educativo português de professores imigrantes.

“O objetivo é reduzir em pelo menos 90% o número de alunos sem aulas”
Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação

Universidades na mira
Outra das medidas passa por chamar bolseiros de doutoramento e investigadores já doutorados. No primeiro caso, poderão somar até dez horas de componente letiva ao trabalho enquanto bolseiros; no segundo, passam a poder ser integrados na carreira docente, sem perder o tempo de serviço já prestado em instituições de Ensino Superior. Serão ainda atribuídas bolsas de qualificação profissional para a docência a mestres e doutorados com formação científica em disciplinas deficitárias.